Muitos dos meus atos foram criticados, mas, muitos dos deles também.
Eu aprendi que tenho que esquecer aquelas coisas que ficaram engasgadas por anos, porque, se não foram ditas até agora, é porque não devem ser ditas.
E toda aquela história de que as coisas duram pra sempre, ahhh, hoje eu dou risada. Mas, não me culpo, eu era muito ingênua para duvidar de coisas tão bonitas.
Vejo o que tenho, e comparando com o que tive, meu Deus! É tudo tão concreto e decente. Me dei ao luxo de poder escolher em quem e no que acreditar.
Mas, ainda assim, continua difícil para mim, ter que aceitar mentiras pequenas e ridículas. Coisas ocultas que eu sempre acabo por saber.
Eu passei a perceber que eu tenho o controle do que posso evitar, ignorar ou aceitar.
Mas, ainda assim, não consigo ter controle nos momentos que eu mais quero ter.
E, além de tudo isso, passei a amar as coisas simples. Gosto de guardar folhas e flores secas e borboletas e mariposas mortas.
Esses dias, com um frio absurdo, tentei esquentar minhas pernas no Sol, quase impotente, que passava pela minha janela. Senti que era ali onde eu deveria estar, e que, por mais que eu praguejasse contra o Sol, naquele dia, ele foi uma das coisas que me alegrou.
E esses dias, enquanto lavava a louça, pensei em tanta besteira que perdi a vontade de prosseguir. Uma simples música enxaguou meu sorriso, tirando, assim, o sabão.
Sabe, há quase mil motivos pra eu ignorar o que ouço e vejo em cada esquina.
Mas, eu confesso, por mais que eu tente, eu não consigo.
E pra todos aqueles que torcem para que eu nunca consiga... um beijo!
Odeio tornar isso tão pessoal.