quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Acorde e sinta o cheiro do café.

Certo dia, menina, estive ao seu lado. Observei como andava e tentei adivinhar o que pensava.

Mas por outros dias, te observei e esperei você tropeçar para que eu te ensinasse mais uma lição.
Fiz isso por anos. Até que acabei aprendendo com você.
Agora, você será deixada em segundo plano, abrindo caminho para mim.
Quem você sempre sonhou ser, mas da forma que você menos soube.
Com pensamentos diferentes, atitudes diferentes, mas, é você quem vai me fazer chorar.
Preste atenção, menina, aquilo que você tem, é o que eu sempre irei buscar.
Seremos confidentes, irmãs, amigas, e, ao mesmo tempo, inimigas.
Conversaremos em silêncio, nos invejaremos em silêncio.
Sentirei sua falta, enquanto você gostaria de estar na minha pele.
E, espero que nunca desista de tentar, pois é assim que vou mantê-la por perto.
Mas se não conseguir, jamais se esqueça que para sempre compartilharemos da mesma alma.





Não importa o que aconteça, meu coração estará com você pro resto de nossas vidas...

Isso não é uma depespedida, é apenas "te vejo amanhã e sempre!"

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mapas do Acaso

Eu, Laisa Soares Bezerra, como qualquer outro fã do EngHaw, estou louca pra ler. Talvez não te interesse, mas, eu já estou ansiosa!


Trecho do livro "Mapas do Acaso", de Humberto Gessinger

"Mesmo que eu fosse apreciador dos bons restaurantes, não me imagino visitando a cozinha deles. Quando vou doar sangue, não olho para a enfermeira, muito menos para a agulha. O que acontece sob o capô do meu carro é um completo mistério para mim, beira a magia. Deve ser desmistificante para quem não está familiarizado com o processo de criação ver rascunhos, sementes de músicas que frutificaram longe de onde foram plantadas. (...) Natural, há um oceano na cabeça. As músicas, livros, desenhos, gritos, sussurros e silêncios são apenas as ondas que chegam à praia. E as ondas voltam. Sempre. Nunca iguais. Deve ser o que chamam “ponta do iceberg”. Talvez, depois de 25 anos, o resto do iceberg fique mais visível. Talvez não. Há quem diga que a função das palavras é esconder o que sentimos. Eu não digo."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A arte de fingir.


Havia uma menina, Mariana. Sua característica principal? Mentirosa.


Seus olhos sempre fundos e tristes, e pra todos que perguntavam como ela estava, a resposta era a mesma: ótima! – Mentirosa!

Lucas, seu melhor amigo, sempre soube que Mariana não estava bem. Mas ela conseguia convencer a todos do contrário. Mentirosa!

Ele tentava ajudá-la de todas as formas possíveis, mas, Mariana dizia que era assim, que não havia motivos para tantas lágrimas. Mentirosa!

Lucas a chamava para conversar, ela dizia que tinha que cuidar da avó, ou, estudar, ou, qualquer outra coisa. Mentirosa!

Mas, certo dia, Lucas desligou o telefone cansado de tantas desculpas e decidiu vasculhar a vida de sua melhor amiga. E descobriu coisas que Mariana nunca quis contar, que escondia com tanta precisão, que inventava e mentia tanto que até passava a acreditar na própria mentira. Mentirosa!

E, concluiu que, o motivo de tantas lágrimas, é que Mariana se sentia culpada por mentir tanto, por se enganar e enganar aos outros, por saber que isso não a levaria a lugar nenhum, mas ela insistia por achar que ninguém entenderia o motivo de tantas mentiras. Mentirosa!

E, assim, Mariana perdeu a confiança de Lucas. E dizia não se importar. Mentirosa!