Hey, vem cá, me faz um café.
Deixa eu falar coisas banais enquanto você acende seu cigarro pra acompanhar.
Nunca falta assunto e você sempre ri das minhas bobagens.
Hey, vem cá, traz aquele vinho ruim que eu comprei.
E deita aqui.
Me mostra a Lua enquanto eu procuro as Três Marias.
Elas estão cada vez mais apagadas.
Então, agora é hora de contar os pensamentos mais profundos.
Você hesita em me dizer coisas bonitas. Mas me abraça pra mostrá-las.
Está frio. A gente tem que entrar.
Você fica doente fácil e os pernilongos estão nos devorando.
A trilha sonora parece estar no repeat.
Vem cá, deixa eu te fazer carinho na barba porque você acorda cedo amanhã.
E eu não sinto vontade de dormir quando estou ao seu lado.
E a trilha sonora ainda está no repeat.
Vem cá porque o mundo tá acabando e a gente ainda tá planejando se salvar.
Deixa eu aproveitar minha bebedeira e dizer o quanto te gosto.
Usando aquele sotaque que você disse que consegui em dois dias.
Deixa eu fingir que sou forte o suficiente pra esconder tudo.
Deixa eu fingir que não te quero perto.
Deixa assim porque ainda me surpreendo quando lê minha mente.
E quando o random teima em tocar o áudio que me mandou.
Agora pode ser chá.